13/12/18

Dura Tchekhov Lex Sed Tchekhov Lex ou A Última Criação


Dura Tchekhov Lex ou A Última Criação de Firmino Bernardo 
Os Solitários Não Dizem Adeus de Paulo Freitas
 Edição: LdE
Ano de publicação: 2018
 Número de páginas: 72 
Preço: 3,90 € 
Envio: 1,15  

O 1º livro da Colecção Nova Dramaturgia Portuguesa, editada pela companhia de teatro Lendias d' Encantar, a par da revista Escenarios, é composto pelos textos vencedores das duas primeiras edições do Prémio Novas Dramaturgias FITA/LdE: Dura Tchekhov Lex ou A Última Criação de Firmino Bernardo (2015) e Os Solitários Não Dizem Adeus de Paulo Freitas (2018).

Pontos de venda: Poetria (Porto), Casa da Esquina (Coimbra), A Pracinha - Mercearia, Cafetaria e Livraria (Beja), instalações do UMCOLETIVO (Elvas), instalações da Flor de Medronho (Olhão),  Loja do Teatro Nacional São João (Porto), Livraria do Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa).

03/12/18

«Vinte anos, cinco meses e dez dias»



Artigo sobre a importância do Grupo de Recrutamento de Teatro, com o título «Vinte anos, cinco meses e dez dias», publicado no jornal Público a 26 de Julho de 2018.

31/07/18

"Deniç i l Paije"



Texto escrito em mirandês, a partir de um conto popular, publicado na Fuolha Mirandesa do Jornal Nordeste em 10 de Julho de 2018.

23/05/18

Lançamento de "A Morte do Artista", vol. 2



O Colectivo A Morte do Artista (Carina Bernardo, Fernanda Cunha, Firmino Bernardo, João Eduardo Ferreira, Manuel Halpern e Paulo Romão Brás) convida-vos para o lançamento do segundo número da revista homónima, que terá lugar no próximo sábado 26 de Maio de 2018, pelas 16:30, na Biblioteca do Palácio de Galveias (Campo Pequeno, Lisboa).

A sessão inclui uma leitura encenada de excertos da revista, a entrega de um prémio a Gonçalo M. Tavares. E talvez croquetes.

O Outro é o tema do segundo volume de A Morte do Artista. E este outro podem ser tantos quantos todos aqueles que povoam o universo de Gonçalo M. Tavares, os seus senhores e mundos – temos dele um texto inédito. O outro é aquele que vem de fora, o que fala outras línguas, como os nossos ‘artistas convidados’ que escrevem em mirandês, galego e catalão. O outro é esta imponderada amálgama de géneros, que passa por crónica, ensaio, conto, poesia e teatro. O outro...

Textos inéditos de Gonçalo M. Tavares, Fernanda Cunha, Firmino Bernardo, João Eduardo Ferreira, Manuel Halpern, Aldina M Duarte, António Silva, Faustino Antão, Gonçalo Marcelo, Joan Casas, Nuno Filipe Oliveira, Pedro Vieira e Yolanda Castaño. Ilustrações de Rui Vitorino Santos. Grafismo de Paulo Romão Brás. Edição e revisão de Carina Bernardo.

09/05/18

Excerto de «Requests ou Permissão para Respirar»


BARTOLOMEU   Não devias guardá-lo aí. Deves tê-lo sempre à mão.

ALBERTINA   A minha mala é muito prática, encontro sempre tudo.

BARTOLOMEU   Eu guardo sempre o meu no bolso de fora do casaco. (tira o cartão do bolso) Estás a ver? Pensa nisto como num slogan   o cartão… está sempre à mão!

ALBERTINA   Guardá-lo na mala também não é mau. Demorei dez segundos a encontrá-lo.

BARTOLOMEU   E eu demorei dois! Se demorares menos oito segundos a cumprir uma tarefa, és mais produtiva. E a produtividade é um dos aspectos mais valorizados nesta empresa! Percebeste?

ALBERTINA   Percebi, chefe.

BARTOLOMEU   Ouve   eu sou um chefe moderno, não tenho nada a ver com aqueles chefes que se armam em ditadores e impõem as suas ideias, mas quando te dou um conselho, é para cumprires. Porque é para teu bem. Percebes isso, Gabriela?

ALBERTINA   Albertina. O meu nome é Albertina.

BARTOLOMEU   Estás no escritório que era da Gabriela e estás à experiência. Quando a empresa decidir que podes ficar, tens direito a ser tratada pelo nome. É que, por incrível que pareça, há pessoas que não se adaptam aos nossos métodos de trabalho.

ALBERTINA   Como sabe, eu possuo uma enorme capacidade de adaptação…

BARTOLOMEU   E quando não temos a certeza que as pessoas vão ficar, não podemos dar-nos ao luxo de desperdiçar tempo a decorar o nome delas. Entendes, Gabriela?

ALBERTINA   Albertina… quero dizer… entendo, claro que entendo. Perfeitamente.

BARTOLOMEU   Óptimo. E agora chega de conversa. Passa o cartão por esta ranhura para abrires a porta.

ALBERTINA   Não abriu.

BARTOLOMEU   Claro que não abriu. Sabes porquê?

ALBERTINA   Se calhar passei-o ao contrário.

BARTOLOMEU   Não, passaste-o bem. O sistema reconheceu que tentaste abrir a porta, mas não te deixa sair, porque não estás cá dentro.

ALBERTINA   Não estou cá dentro?

BARTOLOMEU   Claro que não estás cá dentro. Não percebes porquê?

23/04/18

Chiado

Às vezes pergunto-me: se a Chiado Editora existisse no tempo do Fernando Pessoa e ele quisesse publicar lá uns versos, quanto teria de pagar por cada heterónimo?