10/12/15

Lançamento de «Dark Parables» de Paulo Romão Brás, 12 de Dezembro, Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa



No próximo sábado às 16 horas é lançado «Dark Parables» de Paulo Romão Brás no Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa (Rua da Palma, nº 246, Lisboa). Ide que a festa promete. Citando o texto do evento no Facebook:

«O livro reúne 38 obras construídas pelo artista a partir de fotografias do seu arquivo pessoal de found photos, o qual começou a ser criado há cerca de 10 anos. Sobre fotografias antigas de anónimos, Paulo Romão Brás trabalha digital ou manualmente desenhos e imagens, acrescentando-lhe uma nova camada interpretativa. Para além da sua obra, Paulo Romão Brás selecionou 38 escritores para que escrevessem, a partir de cada uma dos seus trabalhos aqui reunidos, um conto, um poema, um texto que cada autor transcreveu pelo seu próprio punho para o livro.

O livro tem uma edição de 100 exemplares dos quais apenas serão comercializados 38. Cada um destes 38 é único já que contém o texto apenas de um autor.

Sombras, dupla exposição, traços perdidos, riscos e as palavras de 38 escritores fazem de “Dark Parables” um labirinto de memórias pessoais e coletivas, onde a partir de uma imagem perdida cada um dos participantes inscreveu parte da interpretação.

Parte das obras desta série, foram já expostas em Lisboa e Nova Iorque.

Com a participação dos escritores
Nuno Moura, Tatiana Faia, Rui Zink, Susana Moreira Marques, Rui Cardoso Martins, João Eduardo Ferreira, Sofia Afonso Ferreira, Cláudia Clemente, Bruno Sousa Villar, Ana Saragoça, Tiago R. Patrício, David Teles Pereira, Maria David, Maria Sousa, Ana Costa Franco, Fernanda Cunha, João Urbano, Manuel Halpern, Lígia Reyes, Pedro Castro Henriques, Bruno Béu, Pedro Jordão, Ana Caeiro, Cláudia R. Sampaio, Raquel Nobre Guerra, João Concha, Ricardo Marques, Miguel de Carvalho, Dinis Guarda, Ricardo Tiago Moura, Clara Pinto Caldeira, João Bosco, Luísa Monteiro, Cláudia Lucas Chéu, Rute Castro, Pedro Vieira, Firmino Bernardo e Nunes da Rocha.

O livro estará à venda no dia do lançamento.»

01/10/15

Crucifixo


à noite
ela desfila com o catecismo
e contornos que apelam ao pecado
apetece tocar-lhe no crucifixo
e saltar do trapézio
para lugares genuínos

(publicado na revista entre letras no primeiro semestre de 2006; versão mirandesa aqui)

07/09/15

Festival da Paixão, 10 a 13 de Setembro na S.I. Guilherme Cossoul



Na próxima quinta-feira 10 de Setembro, pelas 19 horas, começa o Festival da Paixão na S.i.Guilherme Cossoul (Av. D. Carlos I, n.º 61, 1º Andar, Lisboa), com a história de Édipo, homem de paixões fortes que sempre gostou de mulheres mais velhas. 

É o regresso de «Teremos Sempre Tebas», peça inspirada numa tragédia clássica, paródia aos vícios da política contemporânea. Quem não viu ou quer rever tem mais uma oportunidade.

 Deixo-vos também o programa completo do Festival da Paixão: 



10/9
19h00 TEREMOS SEMPRE TEBAS, grupo de teatro AltaCena
21h15 ENTREVISTA DE EMPREGO, Faísca Teatro (Palco Pedro Alpiarça)
21h45 COM PAIXÃO, Teatro Ibisco (Sala Raul Solnado)

11/9
19h00 “Walkscape #1 - Primeiro andar” dos alunos do curso de Actores da Inimptus - Formador Alexandre Pieroni Calado
21h15 ENTREVISTA DE EMPREGO, Faísca Teatro (Palco Pedro Alpiarça)
21h45 QUEIMA, uma instalação poético-visual - Teatro das Avozinhas (Sala Raul Solnado)
fiar.producao@gmail.com

12/9
16h00 Palestra / Debate sobre o Teatro Não Profissional como caminho de Possibilidades e Realidades - com Eugénia Vasques, Teresa Fradique e Wagner Borges
19h00 MULHER(E)XÃO - Um espectáculo de Iolanda Laranjeiro e Susana Arrais (Sala Raul Solnado), música original de Teresa Gentil
21h45 FRAGMENTOS, mISCuTEm - Grupo de Teatro do ISCTE-IUL

13/9
13h30 Almoço comemorativo dos 130 anos da Cossoul
18h00 Entrega do Prémio Mérito do festival da Paixão

14/05/15

A Morte do Artista



Entre os dias 14 e 16 de Maio venham assistir ao primeiro Reverso - Encontro de autores, artistas e editores independentes, na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul (Av. D. Carlos I, 61 - 1º, Lisboa). Haverá uma feira do livro e eventos variados, entre os quais a leitura «A Morte do Artista», um projecto de Carina Bernardo, Fernanda Cunha, Firmino Bernardo, João Eduardo Ferreira e Manuel Halpern, que terá lugar no dia 16, algures entre as 17:30 e as 20:00.

Textos e leituras: Fernanda Cunha, Firmino Bernardo, João Eduardo Ferreira e Manuel Halpern
Selecção de textos: Carina Bernardo, Fernanda Cunha, Firmino Bernardo, João Eduardo Ferreira e Manuel Halpern
Coordenação: Carina Bernardo e Firmino Bernardo
Dramaturgia: Firmino Bernardo
Edição: Carina Bernardo

“Procurar palavras é como tentar procurar uma palha num cesto de costura a abarrotar de agulhas.”
João Eduardo Ferreira, Cosido à Linha, Colado a Quente


Retalhos das obras:

«Cosido à Linha, Colado a Quente» de João Eduardo Ferreira (By the Book, 2014)
«Caderno Fantasma Útil» de Fernanda Cunha, João Eduardo Ferreira e Pedro Castro Henriques (Apenas Livros, 2013)
«As Grandes Dionísias» de Firmino Bernardo e Suzana Branco (Apenas Livros, 2013)
«A paisagem e as palavras que lá estão - Levantado do chão, um livro político» de Fernanda Cunha (Apenas Livros, 2012)
«Fora de Mim» de Manuel Halpern (Ed. Caderno/Leya, 2008)
«Memórias de uma Vida para Esquecer» de Firmino Bernardo (Apenas Livros, 2008)


Poderão aceder ao programa completo do Reverso aqui.

29/04/15

«Teremos Sempre em Tebas» em digressão



Depois das representações em Lisboa, «Teremos Sempre Tebas» apresentar-se-á em Vieira de Leiria, no âmbito do XI Festiv'Álvaro. O espectáculo terá lugar no Cineteatro Álvaro (Largo da República, Vieira de Leiria), no próximo sábado 2 de Maio, às 21:30. Apelo a todos os meus amigos, inimigos, conhecidos e desconhecidos da Vieira e arredores que passem por lá, que o bilhete até é barato e tudo. 

Quem estiver hesitante pode consultar aqui  alguns testemunhos que fui recolhendo a propósito das apresentações em Lisboa.

 Os bilhetes custam 3 euros e podem ser reservados através do número  912270193.

Livremente inspirado em «Rei Édipo» de Sófocles, «Teremos Sempre Tebas» mostra-nos um rei que conquistou o poder por acaso e não entende nada do que se passa à sua volta, um adivinho cego que vê o futuro, uma rainha capaz de tudo para esconder verdades incómodas, o cunhado de um rei suspeito de querer usurpar-lhe o trono, inúmeros manipuladores, oportunistas e também algumas vítimas de um destino que nenhum oráculo previu.
ÉDIPO: No outro dia, a Antígona andou a brincar aos curandeiros com o primo Hémon. Tem cuidado, não quero que haja incestos na nossa família.
JOCASTA: É coisa que nunca acontecerá.
  
Ficha Artística e Técnica
Autor: Firmino Bernardo
Encenação: Susana Arrais
Elenco: Cláudio Henriques, Miguel Santos, Rui Ferreira e Sara Felício
Música Original: Gustavo de Matos Sequeira
Cenografia / Figurinos: Susana Arrais
Cartaz / Programa: Magnésio
Desenho de Luz: Susana Arrais e João Álvaro
Operação de Som / Luz: João Álvaro
Fotografia: Hugo Magro

19/04/15

Prémio Novas Dramaturgias FITA/LdE



Entre 4 e 28 de Março decorreu a segunda edição do FITA - Festival Internacional do Alentejo - simultaneamente em Beja, Évora e Portalegre, com uma extensão a Grândola. No âmbito deste festival a companhia de teatro LdE decidiu criar um concurso de dramaturgia. No passado dia 20 de Março, em pleno festival, foi revelado, no teatro Pax Julia, o texto vencedor: «Dura Tchekhov Lex Sed Tchekhov Lex ou A Última Criação» da minha autoria.

A cerimónia de divulgação do vencedor foi feita no bar do cine-teatro Pax Julia, após à apresentação do espectáculo El Baile, da companhia cubana Teatro D'Dos. Na mesa estiveram presentes António Revez (director artístico da companhia LdE e do FITA), Ana Ademar (membro da companhia LdE, da organização do FITA e do comité de leitura do prémio), Jorge Gonçalves (membro do júri) e eu próprio.

Aqui fica, para memória futura, o texto de deliberação do júri, lido pela actriz Ana Ademar:

«O Prémio FITA para Novos Textos de Teatro tem o objectivo de incentivar, promover e divulgar a nova escrita dramática em Portugal. A organização da 1ª edição do Prémio FITA para Novos Textos foi – agradavelmente - surpreendida pela quantidade de peças de teatro que chegaram a Beja: cinquenta e cinco. Deste inusitado número de textos dramáticos – inéditos – um comité de leitura, constituído pelos actores e encenadores Ana Ademar, Carlos Marques e Susana Cecílio; pela investigadora e crítica Eunice Tudela de Azevedo e por Filipa Figueiredo, seleccionou uma lista reduzida de seis títulos. Um dos textos seleccionados, por ter já sido merecido uma encenação e apresentação pública, não estava, assim, em condições elegíveis. Deste modo, os cinco textos em análise pelo júri composto por Christine Zurbach, Jorge Gonçalves, Luís Varela e Rui Pina Coelho foram os seguintes: "Bond Girl", de António Gil; "Porta número 0", de JB50; "A mãe biológica de Marilyn Monroe", de Emílio Lusitano; "Branca", de A Ilha; e "Dura Tchekhov Lex Sed Tchekhov Lex ou a Última Criação", de Vicente Pais (os nomes dos autores são pseudónimos).

O vencedor do 1º Prémio FITA para novos textos é "Dura Tchekhov Lex Sed Tchekhov Lex ou a Última Criação", um texto com várias camadas de interesse e análise. Em termos de género, deriva entre uma comédia de bastidores, colocando um grupo de actores a ensaiar a criação de um novo espectáculo, enquanto vão revelando as suas ideias de teatro e, em particular, as suas hierarquias profissionais; uma comédia policial de inspiração televisiva e de sensibilidade slapstick, citando parodicamente a célebre “Lei de Tchekhov” (se aparece uma pistola no início de uma peça, a dada altura essa pistola terá que ser usada); e uma farsa política sobre a pequena corrupção autárquica e o compadrio. Assim, um vereador da cultura surge com interesses pessoais na destruição do teatro projectando construir aí um centro comercial. Como se não bastasse, apresenta como possível solução aos problemas daquele grupo de teatro, aparentemente com problemas de “captação de público”, um texto escrito pelo seu próprio filho.

"Dura Tchekhov Lex Sed Tchekhov Lex", escrito de forma fluente, com diálogos ritmados e assente numa estruturada progressão da intriga, consegue manter a tensão até ao final, mantendo sempre uma salutar noção de auto-ironia, permeando todo o texto e fazendo com este se configure como um agradável e inteligente divertimento.»

30/03/15

Sobre «Teremos Sempre Tebas»

Terminadas as apresentações de «Teremos Sempre Tebas» na Guilherme Cossoul aqui ficam algumas reacções para memória futura.

João Eduardo no blogue de Roma a Londres:


 Fernanda Cunha no Facebook: 
«A não perder!!!! Um texto extraordinário de Firmino Bernardo (muito obrigada, amigo, muito bom!) para uma dramatização à altura. O poder e o seu oposto, levado à cena com humor e pertinência. Revisitamos a antiga Grécia, nossa matriz, visitamos a actualidade, nosso karma, através da encenação brilhante de Susana Arraiais e da bem disposta actuação de 4 actores que se multiplicam por mais de 12, incluindo um coro, encarnando essa diversidade em pleno. Amigos, não percam esta deliciosa sátira, até porque "teremos sempre Tebas".»

Jorge Alexandre Navarro no Facebook:
«A Grécia Antiga mantém-se atual. Mais do que esperamos ou desejamos. Quando menos esperamos, é na tentativa de fugirmos ao destino que acabamos por cumpri-lo, muitas vezes ali mesmo, ao virar da esquina. "Teremos Sempre Tebas" de Firmino Bernardo revisita a tragédia de Édipo-rei ou a dolorosa consciência de quem sou eu afinal. A peça estará em cena até 27 de março, sextas e sábados, pelas 21,30 horas, na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, em Lisboa.»

Paulo Romão Brás, também no Facebook:


05/03/15

«Teremos Sempre Tebas», sextas e sábados às 21:30, na Guilherme Cossoul



Conforme noticiei a semana passada, «Teremos Sempre Tebas», texto da minha autoria que venceu o Prémio de Dramaturgia Guilherme Cossoul 2014, estará em cena na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul (Av. D. Carlos I, n.º 61, 1º Andar, Lisboa), às sextas e sábados pelas 21:30, até 27 de Março. Os bilhetes podem ser reservados através do telefone  213 973 471 ou do e-mail geral@guilhermecossoul.pt
 
Livremente inspirado em «Rei Édipo» de Sófocles, «Teremos Sempre Tebas» mostra-nos um rei que conquistou o poder por acaso e não entende nada do que se passa à sua volta, um adivinho cego que vê o futuro, uma rainha capaz de tudo para esconder verdades incómodas, o cunhado de um rei suspeito de querer usurpar-lhe o trono, inúmeros manipuladores, oportunistas e também algumas vítimas de um destino que nenhum oráculo previu. 
 
ÉDIPO: No outro dia, a Antígona andou a brincar aos curandeiros com o primo Hémon. Tem cuidado, não quero que haja incestos na nossa família.
JOCASTA: É coisa que nunca acontecerá.
  
Ficha Artística e Técnica
Autor: Firmino Bernardo
Encenação: Susana Arrais
Elenco: Cláudio Henriques, Miguel Santos, Rui Ferreira e Sara Felício
Música Original: Gustavo de Matos Sequeira
Cenografia / Figurinos: Susana Arrais
Cartaz / Programa: Magnésio
Desenho de Luz: Susana Arrais e João Álvaro
Operação de Som / Luz: João Álvaro
Fotografia: Hugo Magro

Inf. Bilhetes: 7€ (Sócio S.I.Guilherme Cossoul - 5€).

23/02/15

"One Minute Plays", 27 de Fevereiro, 21:30



Na próxima sexta-feira (27 de Fevereiro), pelas 21 horas, no Auditório Camões (Rua Almirante Barroso, nº 25 B, Lisboa) decorrerá uma maratona de peças de teatro de um minuto (ou menos) faladas em inglês. Para este festival, escrevi três textos: "Wait a Minute, "The Specialist" e "A Tragedy".

Com início marcado para as 21:00, o espectáculo terá a duração aproximada de uma hora. É possível comprar bilhetes (3,50 euros) a partir das 20:30  ou reservá-los previamente através do telemóvel 966487575 ou do e-mail onstagefright@gmail.com

Para mais informações consultem a página do Camões  English Theatre Company no Facebook.

«Teremos Sempre Tebas», 27 de Fevereiro a 27 de Março, na Guilherme Cossoul





Entre 27 de Fevereiro e 27 de Março, às sextas e sábados pelas 21:30, a Companhia de Teatro da Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul (Av. D. Carlos I, n.º 61, 1º Andar, Lisboa) apresenta o espectáculo «Teremos Sempre Tebas», a partir do texto vencedor do Prémio de Dramaturgia Guilherme Cossoul 2014. Os bilhetes podem ser reservados através do telefone  213 973 471 ou do e-mail geral@guilhermecossoul.pt

Livremente inspirado em «Rei Édipo» de Sófocles, «Teremos Sempre Tebas» mostra-nos um rei que conquistou o poder por acaso e não entende nada do que se passa à sua volta, um adivinho cego que vê o futuro, uma rainha capaz de tudo para esconder verdades incómodas, o cunhado de um rei suspeito de querer usurpar-lhe o trono, inúmeros manipuladores, oportunistas e também algumas vítimas de um destino que nenhum oráculo previu. 

ÉDIPO: Adeus, mulher. Toma conta das nossas filhas, que ainda são crianças. No outro dia, a Antígona andou a brincar aos curandeiros com o primo Hémon. Tem cuidado, não quero que haja incestos na nossa família.
JOCASTA: É coisa que nunca acontecerá.
  
Ficha Artística e Técnica
Autor: Firmino Bernardo
Encenação: Susana Arrais
Elenco: Cláudio Henriques, Miguel Santos, Rui Ferreira e Sara Felício
Música Original: Gustavo de Matos Sequeira
Cenografia / Figurinos: Susana Arrais
Cartaz / Programa: Magnésio
Desenho de Luz: Susana Arrais e João Álvaro
Operação de Som / Luz: João Álvaro
Fotografia: Hugo Magro

Inf. Bilhetes: 7€ (Sócio S.I.Guilherme Cossoul - 5€).
Mais informações: aqui e aqui.

11/01/15

Crato e os Ais

O Crato só deseja
Disciplinas fundamentais
Disciplinas essenciais
Disciplinas centrais
A cabeça do Crato
Nunca dará para mais.

(Inspirado pela releitura disto.)